Em reunião na tarde de ontem (23) no Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma), os empresários decidiram convocar uma Assembleia Geral na próxima quinta-feira (29), para votar por uma paralisação. A reunião ocorre após mais um assalto milionário cometido por ‘piratas do rio’ no Rio Madeira, esta semana.
As empresas transportadoras de navegação do Amazonas avaliam parar suas atividades por tempo indeterminado até que tenham condições de segurança, e suporte das distribuidoras de combustível quanto aos prejuízos, que atualmente ficam totalmente a cargo das empresas. Só nos primeiros seis meses de 2022, as perdas com pirataria nos rios chegam a R$ 20 milhões.
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O presidente do Sindarma, Galdino Alencar Júnior, afirmou:
“A situação nos rios é muito grave. Toda semana temos trocas de tiros com as quadrilhas resultando em embarcações perfuradas e marinheiros abalados. Além da questão humana e econômica, a qualquer momento poderá acontecer uma tragédia ambiental sem precedentes caso uma balsa com milhões de litros de combustível exploda ou sofra um vazamento em um destes ataques”.
Uma possível paralisação das transportadoras poderá ter reflexos no abastecimento de produtos de primeira necessidade, como alimentos e combustível, nos municípios do interior do Amazonas e também no escoamento via balsas, de parte da produção do Polo Industrial de Manaus, que segue via fluvial até Porto Velho (RO).