Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal no Distrito Federal, o juiz Renato Borelli da 15ª Vara Federal de Brasília, estaria sofrendo “centenas de ameaças” por ter decretado a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, ocorrida ontem. Ribeiro foi detido em operação da Polícia Federal por suspeita de corrupção e tráfico de influência. Outras quatro pessoas também foram presas.
A Justiça afirmou que as ameaças são provenientes de “grupos de apoio” ao ex-ministro, e que os pedidos de investigação a respeito delas já foram encaminhados à Polícia Federal.
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O inquérito contra Ribeiro foi aberto após reportagem do jornal O Estado de S. Paulo em março, que divulgou gravação em áudio na qual Ribeiro afirmava que repassava verbas do MEC (Ministério da Educação) a prefeituras apontadas pelos pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, e que o fazia a pedido do presidente Jair Bolsonaro. A divulgação do áudio levou Ribeiro, alguns dias depois, a pedir exoneração do ministério.
Santos e Moura também foram detidos pela PF. Nesta tarde acontece a audiência de custódia com os envolvidos no caso.