A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investiga a tentativa de golpe contra o Estado em 2022, e indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas.
A investigação abrange os ataques do 8 de Janeiro e supostas conspirações golpistas descobertas durante as eleições presidenciais de 2022 e após a derrota de Bolsonaro, e também inclui a prisão de quatro militares e um agente de PF no último dia 19, por participação em suposto complô para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Os principais envolvidos foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Além de Bolsonaro, também foram indiciados por esses crimes:
- o general da reserva do Exército Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Bolsonaro e candidato a vice na chapa que perdeu a eleição de 2022;
- o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- o policial federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin);
- e Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.
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O documento final possui mais de 700 páginas e será encaminhado ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Bolsonaro já tinha sido indiciado pela PF em outros dois inquéritos: o que apura a falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19 e o que apura a venda ilegal de joias recebidas de presente por ele durante o governo.
*Com informações de Metrópoles