De acordo com os dados da gerência de zoonose da Fundação de vigilância em saúde do Amazonas – (FVS) Dra. Rosemary Costa Pinto, o Amazonas registrou de janeiro a maio deste ano cerca de 1.391 acidentes com animais peçonhentos.
Os dados dizem que houve uma redução de 15% dos casos em comparação ao mesmo período do ano passado quando foram registrados 1.637 ocorrências no estado. Os animais de maior incidência são as serpentes, escorpiões, aranhas, lagartas e abelhas.
A serpente representa 70,7% dos casos registrados seguidos de escorpião-195, aranha – 97, abelha-28 e lagarta-9. Apesar da redução a diretora presidente Tatyana Amorim, destaca que medidas preventivas precisam continuar a serem tomadas.
“Houve redução, mas é importante que a população continue vigilante já que estamos em período de cheia dos rios, o que aumenta o risco de ataque desses animais”, afirma Tatyana.
Segundo médico veterinário Deugles Cardoso, a fase de elevação do nível dos rios influencia visto que em 2021 a conta do rio passou de 30 mts.
“Esse cenário não é diferente em 2022, pois ainda estamos na fase de elevação do nível dos rios logo a manutenção por acidentes. O período de fevereiro a julho é de alta demanda de acidentes devido à elevação das águas. A gente orienta a população para o uso de botas de borracha cano longo, que reduz 80% dos acidentes por animais peçonhentos”, ressalta Deugles.
O Amazonas recebeu 8.120 ampolas de soro antiveneno para distribuição dos municípios do Amazonas. Os soros são usados para acidentes com cobras como jararaca, surucucu, coral além de escorpião e aranha.
O município que mais registrou acidentes com animais peçonhentos foi Manaus, seguido de Itacoatiara, Parintins, Tefé, Apuí, Maués, Rio Preto da Eva Borba e Lábrea.
Caso os acidentes aconteçam o paciente deve procurar o mais rápido possível uma unidade de saúde para tratamento adequado.