As buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Don Phillips, desaparecidos desde domingo, dia 5, foram retomadas hoje. Equipes da Funai (Fundação Nacional do Índio), da Força Nacional e da Polícia Federal estão à procura dos dois homens, que sumiram na região do Vale do Javari, no Amazonas.
São quatro embarcações em deslocamento na área, uma partindo da Base de Proteção Etnoambiental (Bape) Itui-Itaquaí, duas saindo de Atalaia do Norte e uma embarcação saindo da Bape Quixito para percorrer o trajeto do rio Quixito, reforçando os trabalhos nas áreas de busca. Além disso, a PF tem um helicóptero sobrevoando a região ajudando nas buscas.
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Ainda segundo a PF, duas pessoas que tiveram contato com o indigenista e o jornalista foram questionadas, mas não foram presas. Segundo o “Globo”, os homens ouvidos pela Polícia Civil seriam pescadores identificados somente pelos apelidos de “Churrasco” e “Jâneo”. A informação não foi confirmada nem pela PF nem pela Polícia Civil. “Churrasco” é um líder comunitário e já havia sido citado em declarações que apontaram que ele teria reunião agendada com Bruno Pereira para consolidar trabalhos conjuntos entre ribeirinhos e indígenas na região.
De acordo com liderança da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari, a organização já tinha recebido ameaças na região.
O Itamaraty emitiu nota sobre o desaparecimento, na qual diz ter “grande preocupação” com a situação de Pereira e Phillips. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou sobre o caso hoje, afirmando em entrevista ao SBT que o indigenista e o jornalista estavam em “aventura não recomendável” pela Amazônia.