Depois de passar por audiência de custódia, na tarde desta quarta-feira (30/10), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decidiu manter a prisão preventiva de Matheus Oliveira, de 19 anos, por crime de estupro de vulnerável e importunação sexual.
Com a Decisão Interlocutória de Mérito, nos termos do § 3º do art. 289-A do Código Processual Penal (CPP), o juiz de Direito de Custódia, Luís Alberto Nascimento Albuquerque, confirmou o auto de prisão em flagrante do indiciado na Central de Plantão Criminal, no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, bairro São Francisco, zona Sul da capital amazonense.
Durante a audiência de custódia, realizada por videoconferência, Matheus foi assistido por três advogados de defesa. Também participou do instrumento processual um promotor do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM).
Após o imediato registro do mandado de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça, Matheus seguiu para um presídio da capital, onde ficará à disposição da Justiça.
Ouvida pela Rede Onda Digital, a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), informou que além dos crimes imputados ao investigado, a equipe policial irá investigar o armazenamento de pornografia infantil.
Operação Fim de Jogo
Matheus foi preso na manhã desta quarta-feira na “Operação Fim de Jogo” em cumprimento a mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, suspeito de estupro de vulnerável e importunação sexual a 13 crianças e adolescentes do sexo masculino.
A operação ocorreu no Boulevard Mundi Resort Residencial, um condomínio de luxo de classe média alta, localizado na avenida Efigênio Salles, no bairro Aleixo, na zona Centro-Sul de Manaus.
Segundo as investigações, Matheus organizava campeonatos de futebol no residencial, com proveito de ganhar a confiança das vítimas e, depois, praticar os crimes sexuais. Amigos dele também eram vítimas quando frequentavam o local para lazer.
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Ainda segundo o trabalho investigativo da Depca, Matheus pedia imagens de cunho pornográfico das vítimas com oferta de dinheiro e vale-presentes, em troca de fotos ou vídeos. Foi confirmado também que o suspeito também atuava em barbearias, onde observava crianças e adolescentes do sexo masculino para abordar.
Em depoimento, Matheus preferiu se manter em silêncio. As investigações apontam que o ele possui esse tipo de conduta desde os 16 anos. A polícia não descarta a possibilidade de mais vítimas.