A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (30) a operação Infiliatio , que investiga a falsa filiação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Partido Liberal (PL), partido de oposição liderado por Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro.
A ação teve início após uma notícia-crime enviada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em julho de 2023, quando foi identificada a presença indevida do nome de Lula no sistema de filiações do PL. Um mandato de busca e apreensão foi cumprido em Dourados, no Mato Grosso do Sul, como parte das investigaçõe
De acordo com a PF, a investigação aponta que não houve invasão direta ao Sistema de Filiação Partidária (FILIA) do TSE, mas uma ação fraudulenta realizada por meio do preenchimento indevido do formulário digital do partido no site oficial do PL. Dados pessoais, documentos, e até uma selfie foram inseridos com o objetivo de filiar o presidente de forma ilícita. Após o preenchimento, o pedido de filiação passou por uma etapa de moderação, onde é analisada por funcionários do partido, etapa que também está sob investigação da PF.
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Segundo a PF, o processo de filiação partidária segue normas regulamentares condicionais pela Resolução nº 23.596 de 2019 do TSE, que exige que os dados dos novos filiados sejam enviados diretamente à Justiça Eleitoral pelos partidos. A inclusão do nome de Lula no sistema do PL violaria essas normas, apontando possíveis falhas no processo de moderação e análise.
Os investigados na operação de poderão responder por crimes de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e falsa. A PF seguirá apurando o caso para identificar se ocorreram outras fraudes no mesmo formato e o que teria motivado uma tentativa de associação do presidente a um partido de oposição.