No próximo domingo, o município de Humaitá (a 700 quilômetros de Manaus por estrada) vai completar 153 anos de inauguração. A data, no entanto, corre o risco de ser celebrada às escuras: há cerca de um mês, a cidade enfrenta apagões diários no fornecimento de energia, que duram horas.
De acordo com o deputado João Luiz (PRB), o problema afeta também as comunidades do município, causando prejuízos à população, como aparelhos domésticos queimados e produtos estragados. O parlamentar afirmou que enviaria ainda hoje uma notificação à Amazonas Energia cobrando esclarecimentos sobre os apagões.
“A população sofre com o descaso e a falta de informação, que gera confusão”, afirmou, durante pronunciamento na tribuna da Aleam. “Um tomógrafo deve ser instalado em breve no hospital de Humaitá. Os recursos públicos serão queimados”. O parlamentar informou que o requerimento à empresa será remetido por meio da Comissão de Defesa do Consumidor da Aleam e do Procon-AM.
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Em aparte, o deputado Dermilson Chagas (Republicanos) esclareceu que a Amazonas Energia opera na distribuição. João Luiz, no entanto, observou que “a conta de energia especifica quem está cobrando pelo serviço”. A geração de energia é atribuição da empresa Vpower.
Providências
O presidente da Aleam, Roberto Cidade (UB), afirmou que o problema deve causar transtornos aos visitantes que pretendem participar do aniversário da cidade, evento suspenso nos últimos dois anos em razão da pandemia.
O deputado relatou que um gerador do município superaqueceu e o incedente, por pouco, não causou um incêndio graças à intervenção do corpo de bombeiros. Cidade também sugeriu que a CPI da Amazonas Energia cobre providência da concessionária. “O custo do serviço aumentou e a qualidade do fornecimento caiu”.
A reportagem ainda não obteve posicionamento da Amazonas Energia sobre o problema.