Oficialmente, o presidente do partido União Brasil Luciano Bivar é o nome que a legenda pretende lançar como candidato à eleição presidencial deste ano. Ele foi anunciado no dia 14, mas a decisão precisa ser confirmada em convenção do partido para que Bivar seja candidato nas eleições de outubro. No entanto, o Palácio do Planalto tem iniciado movimentação para atrair o União Brasil para o projeto de reeleição de Jair Bolsonaro.
O partido tem se articulado com outras legendas para lançar um candidato de terceira via há algum tempo. Mas a ala governista da legenda tem recebido sinais de que perderá cargos, caso seja oficializada a aliança com MDB, PSDB e Cidadania. A orientação teria saído da Casa Civil e do ministro Ciro Nogueira.
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O líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), é hoje o principal articulador da candidatura de Bivar. Ele controla a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), considerada a “estatal do Centrão”. A Codevasf foi a estatal na qual o “orçamento secreto” mais ganhou evidência, como forma de garantir apoio político para o governo.
O União Brasil tem quase R$ 1 bilhão de recursos dos fundos eleitoral e partidário, além do maior tempo de TV na campanha. Como um projeto de candidatura de terceira via não ganha força para se consolidar, atrair o partido para a reeleição do presidente é uma possibilidade. Há alguns meses Sergio Moro deixou o Podemos para se filiar ao União Brasil com perspectiva de se candidatar à presidência, mas o partido optou pelo nome do seu presidente, Luciano Bivar. No começo de abril, União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania anunciaram seus planos de lançar um candidato único à presidência e chegaram a afirmar que revelariam esse nome no dia 18, o que não aconteceu.