Gisele Dias, de 42 anos, presa temporariamente sob suspeita envenenar as filhas gêmeas de seis anos em Igrejinha, município localizado a cerca de 90 km de Porto Alegre, teria testado o método de envenenamento em gatos da família, em três meses antes. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.
A prisão de Gisele aconteceu na última terça-feira (15/10). Manoela morreu no dia 7 de outubro e sua irmã, Antonia, faleceu oito dias depois, na última terça-feira. Não foram encontrados sinais de violência física, mas as duas apresentaram sintomas semelhantes e sofreram paradas cardiorrespiratórias.
A perícia está em andamento para determinar as causas exatas das mortes. Os policiais recolheram itens da residência da família, incluindo alimentos, na busca por possíveis vestígios de veneno.
O pai das crianças prestou depoimento, mas não é considerado suspeito. Segundo o delegado Cleber Lima, o caso está sendo tratado como homicídio doloso, em que há intenção de matar.
Em seu depoimento, a mãe, Gisele, negou qualquer envolvimento, afirmando que sempre cuidou e amou as filhas. No entanto, um médico que a atendeu antes das mortes relatou que a mulher tinha “ideias perversas” em relação às crianças. Ela chegou a ser internada em uma ala psiquiátrica pouco antes das mortes das meninas.
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Testemunhas próximas à família disseram à polícia que Gisele demonstrava afeto apenas pelo filho mais velho, Michel, que morreu em 2022, e se mostrava indiferente em relação às gêmeas. A filha mais velha do casal, de 19 anos, afirmou em depoimento que “não duvidaria” que a mãe tenha prejudicado as irmãs, baseando-se no comportamento de Gisele ao longo dos anos.