A ex-senadora e pré-candidata a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB) defendeu, em entrevista à rádio e TV Onda Digital nesta segunda-feira (25), mobilização no Congresso com a participação de centrais sindicais de todo o país e da sociedade civil pela derrubada do decreto que prevê a redução de 25% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida, editada pelo governo federal, ameaça a permanência de empresas no Polo Industrial de Manaus (PIM).
“Deveríamos ter enviado entidades e centrais sindicais de todo o Brasil ao Congresso. Não tem por que a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) deixar de apoiar a nossa luta. Deveríamos fazer sessão geral no plenário do Senado. Não somos contra a redução, mas defendemos a excepcionalidade dos produtos daqui”.
Para Vanessa, os principais veículos de comunicação do país vêm omitindo os ataques ao modelo, portanto é necessário intensificar a abordagem sobre o problema nas ruas.
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“Devemos ser mais contundentes e agir em todas as frentes. Ontem, enfrentamos uma situação grave com arruaceiros, mas estamos na rua, conversando com a população e mostrando o que o modelo representa”, complementou Vanessa, que considera tardia a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) enviada pelo governo do Amazonas ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o decreto.
Vanessa afirmou que a decisão de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados é motivada pela estratégia de construir uma base de apoio ao ex-presidente Lula (PT) no parlamento.
“Sabemos da necessidade de fazer uma grande bancada que o ajude, que não se mova apenas por interesses, mas ajude a implementar um projeto de desenvolvimento para o Amazonas. Como está o programa Luz para Todos, Minha Casa Minha Vida e as políticas de acesso à universidade? Como está o setor industrial de óleo e gás? Foram destruídos pelo presidente Bolsonaro”, argumentou.