O presidente russo Vladimir Putin declarou hoje a tomada pela Rússia da cidade ucraniana de Mariupol, ponto estratégico da guerra desde seu início, há 57 dias. A intenção russa agora é estabelecer um bloqueio na área. Putin também declarou desnecessário o plano de invasão à usina siderúrgica de Azovstal, um dos últimos pontos de resistência dos soldados ucranianos na região.
Por sua vez, a Ucrânia propôs uma sessão especial de negociações para “salvar” combatentes e civis. Soldados ucranianos pediram à comunidade internacional “garantias de segurança” para deixar a cidade. A primeira-ministra ucraniana, Iryna Verechtchouk, informou que quatro ônibus com civis deixaram o porto de Mariupol nesta manhã.
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A tomada de Mariupol, cidade litorânea, permite a ligação entre a Crimeia e as repúblicas separatistas do Donbass no leste da Ucrânia, o que é objetivo militar russo desde o começo da campanha militar.
Enquanto isso, a Ucrânia denunciou tortura por parte dos russos. Os corpos de nove civis foram encontrados na noite dessa quarta-feira (20) em Borodianka, perto de Kiev. De acordo com a polícia da capital, alguns deles apresentavam sinais de tortura. Borodianka foi palco de massacres de civis em março, quando as forças russas ocuparam a cidade.