O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta sexta-feira (11/10) que comprará um novo avião presidencial e também mais aeronaves para uso dos ministros de Estado. Segundo o chefe do Poder Executivo, autoridades brasileiras não podem passar por um susto como o ocorrido na semana passada, quando o próprio Lula enfrentou uma pane no voo na Cidade do México, que o manteve sobrevoando a capital mexicana por quase 5 horas.
Lula disse ainda que a aquisição da aeronave não é para benefício próprio, mas para todos os que ocuparem a cadeira da Presidência da República.
“Desse problema tiramos uma lição. Vamos comprar não apenas um avião, mas alguns aviões. O Brasil é um país grande com 8 milhões de km2, com 360 mil km de florestas tropicais, com 8 mil km de fronteiras marítimas, com 5 milhões de km² de água que é responsabilidade do Brasil. Nós precisamos nos preparar, não podemos ser pegos de surpresa”, disse Lula em entrevista à rádio O Povo/CBN, de Fortaleza.
Lula pediu ao ministro da Defesa, José Múcio, que apresente um plano para a compra de novos aviões. Além de um para a Presidência, o petista quer outras aeronaves para transportar os ministros. “A gente não governa o Brasil com os ministros coçando lá em Brasília”, pontuou.
Leia mais:
Troca do avião presidencial volta à pauta após falha técnica em viagem ao México
Avião de Lula pousa no México após voar em círculo por quase 5h
O presidente da República solicitou também estudos para a troca da aeronave presidencial ainda em 2023. Ele reclamou do espaço, da autonomia de voo e do estado do atual avião, um Airbus A-319 comprado durante seu primeiro mandato e que possui 18 anos de uso, apelidado de Aerolula. Dentre as opções estavam a compra de uma nova aeronave e a adaptação de um Airbus A-330 da Força Aérea Brasileira (FAB) para uso do presidente.
Mas a ideia foi questionada pela oposição, que acionou a Justiça para pedir explicações sobre os estudos. O preço mínimo estimado para a operação seria de R$ 400 milhões. Lula abandonou então a troca, mas a discussão foi retomada após a falha no motor do Aerolula.
O chefe do Executivo afirmou que, quando comprou a aeronave atual, escolheu a menor e mais barata, mas que não vai fazer o mesmo desta vez. “Eu, aos 79 anos de idade, superei isso. Porque é o seguinte: um presidente da República tem que se respeitar. A instituição tem que ser respeitada. E o Brasil é muito grande, então a gente não precisa que o presidente da República corra risco”, justificou.
Lula rebateu ainda, na entrevista, as críticas sobre a decisão de um novo avião presidencial. “Um avião para o presidente da República não é um avião para o Lula, ou para o Fernando Henrique Cardoso, ou para o (Jair) Bolsonaro, ou para quem for o presidente. Não. O avião para o presidente da República é para a instituição da Presidência da República, quem quer que seja eleito presidente”, argumentou.
*Com informações do Correio Braziliense e Poder360