A Rússia pediu oficialmente o apoio do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), no Banco Mundial e no G20, num momento em que o país governado por Vladimir Putin sofre sanções ocidentais por conta da invasão à Ucrânia.
Leia mais:
Quarto ano seguido sem aumento real no salário mínimo de 2023
O pedido foi feito em uma carta enviada pelo ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, ao ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes. A carta foi feita no dia 30 de março, e foi retransmitida pelo embaixador russo nesta quarta-feira (13).
“Nos bastidores, há um trabalho em andamento no FMI e no Banco Mundial para limitar ou até expulsar a Rússia do processo de tomada de decisão. Como você sabe, a Rússia está passando por um período desafiador de turbulência econômica e financeira causada por sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados. Pedimos o seu apoio para evitar acusações políticas e tentativas de discriminação em instituições financeiras internacionais e fóruns multilaterais. Supomos que agora, mais do que nunca, é crucial preservar um clima de trabalho construtivo e a capacidade de promover o diálogo no FMI, no Banco Mundial e no G20”, diz carta enviada de Siluanov.
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse na semana passada que o país não participaria de nenhuma reunião do G20 se a Rússia estivesse presente, citando a invasão à Ucrânia.
Em fevereiro, alguns dias antes da Rússia invadir a Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Moscou no encontro com Vladimir Putin. Bolsonaro não condena a invasão, que já dura 51 dias e mantém posição de neutralidade sobre o confito, devido a possuir negócios com o governo russo.