O cantor sertanejo Leonardo pagou R$ 225 mil em indenizações aos seis trabalhadores resgatados em condições análogas a de escravidão em sua fazenda localizada em Jussara, Goiás. No começo da semana, o artista foi incluído pelo governo na “lista suja” do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A informação consta em um documento do acordo feito entre a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o cantor.
O advogado de Leonardo, Paulo Vaz, informou à imprensa:
“Nós resolvemos todos os problemas da fazenda, mesmo estando arrendada. Foram pagas todas as indenizações a essas pessoas, e nós aceitamos o acordo proposto pelo Ministério Público”.
De acordo com a defesa de Leonardo, além da indenização, o artista teve de pagar multa de R$ 94.063,24.
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Segundo o relatório do MTE, em novembro de 2023 seis funcionários resgatados em uma fazenda em Jussara (GO), de propriedade do cantor Leonardo. O grupo incluía um adolescente de 17 anos e foi encontrado em situação análoga à escravidão.
Os trabalhadores enfrentavam jornadas de até 10 horas diárias, sem a formalização de contratos e sem a garantia de descanso semanal remunerado. E ainda de acordo com o MTE, eles viviam numa casa abandonada, localizada a 2 quilômetros da sede da Fazenda Lakanka, que não contava com instalações adequadas. As camas eram improvisadas, não havia acesso a banheiros e o local apresentava presença de morcegos, fezes de animais e outros detritos. Além disso, os trabalhadores improvisaram um chuveiro utilizando uma mangueira e realizavam suas necessidades ao ar livre, em condições que comprometiam a higiene.
Os funcionários relataram que a jornada de trabalho se iniciava às 7h e ia até às 17h, com pausa de uma hora para almoço. A contratação e o pagamento dos trabalhadores eram feitas por meio de outros funcionários, como gerentes da fazenda, que atuavam como intermediários.
Com informações de Metrópoles.