A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo pediu nesta quinta-feira (14) que o MPE-SP (Ministério Público Eleitoral do Estado) apure se o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (União Brasil) e sua mulher, Rosângela Moro, cometeram crime eleitoral ao transferir o domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo.
Cabe ao MPE decidir pela manutenção do processo ou recomendar o arquivamento do caso.
“A eventual conduta de transferência fraudulenta de inscrição eleitoral abordada na denúncia, se comprovada, amolda-se ao tipo penal descrito no Código Eleitoral. Ante ao exposto, promovo o declínio de atribuição em favor do MPE em São Paulo, para adoção das providências reputadas pertinentes”, diz o documento assinado pelo procurador Paulo Taubemblatt.
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A medida dá continuidade ao pedido da empresária e pré-candidata a deputada federal pelo PSB-SP Roberta Luchsinger, que solicitou no início deste mês a abertura de investigação depois de Moro e Rosângela terem trocado o domicílio eleitoral para a capital paulista.
“Eles são estelionatários eleitorais em busca de foro privilegiado e iremos até o fim para provar que nada fizeram por São Paulo e portanto nada justifica tal candidatura fraudulenta como esta”, disse a empresária ao UOL.
Em nota, a defesa de Moro afirmou que o ex-juiz mora atualmente num hotel na capital de São Paulo e argumentou que a troca de domicílio eleitoral ocorreu devido aos vínculos criados por ele durante o período de pré-campanha à Presidência da República pelo Podemos.
Via UOL