Após alcançar as 27 assinaturas mínimas necessárias para instalar a CPI do MEC na Senado, o processo sofreu um revés ontem: Os senadores Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Styvenson Valentim (Podemos-AC) desistiram de apoiar a abertura da CPI, que agora depende de novas assinaturas para estar apta a ser instaurada.
A CPI se destina a investigar denúncias de corrupção no Ministério da Educação, surgidas há algumas semanas quando foi divulgada gravação do então ministro Milton Ribeiro afirmando numa reunião com prefeitos que repassa verbas da pasta a prefeituras indicadas por dois pastores evangélicos, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. O caso levou à demissão de Ribeiro.
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O próprio senador Guimarães foi quem informou a retirada da sua assinatura em suas redes sociais, neste sábado, 9. Já nas suas redes sociais, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido de instalação da CPI, afirmou que seguirá atrás de mais assinaturas “para passar a limpo o #BolsolaodoMEC e investigar os escândalos de corrupção desse Governo!”. “Eles não podem sair impunes!”, escreveu. Rodrigues foi vice-presidente da CPI da Covid ano passado.
Como justificativa para seu recuo, o senador Oriovisto Guimarães escreveu que acredita que existam “fatos graves” no ministério que precisam ser investigados, mas que uma CPI “tão próxima das eleições acabará em palanque eleitoral”.