A Justiça Eleitoral determinou que o advogado e candidato à prefeitura de Coari, interior do Amazonas, Raione Cabral (MOBILIZA), pode ser detido novamente pela Policia Federal (PF) após as eleições municipais, no domingo, dia 06/10.
À ocasião foi determinado o cumprimento do mandado de prisão contra Raione 48 horas após encerramento da eleição, em respeito ao impedimento de prisão cinco dias antes e 48 horas depois do pleito. A decisão é da 007ª Zona Eleitoral de Codajás (AM) e está disponível para consulta no site do TRE-AM pelo processo 0600477-90.2024.6.04.0008.
Confira documento:
O requerimento de prisão preventiva foi realizado pelo promotor eleitoral da Comarca de Coari. Naquele mesmo dia, em audiência de custódia, Raione Cabral foi ouvido, na presença do MPE e de seu advogado, e a Justiça homologou o flagrante, porém converteu em liberdade provisória cumulada com medidas cautelares após pagamento de fiança.
“Não obstante, logo após ser colocado em liberdade, o Sr. Raione afirmou em alto tom e direcionado à uma grande quantidade de pessoas que ‘Eles tentaram nos calar, me prenderam de forma arbitrária, mas estou aqui’”, salientou o magistrado.
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Procurado pela equipe de reportagem da Rede Onda Digital, Raione Cabral comentou sobre o episódio.
“Eu fiz um vídeo dizendo que essas medidas eram absurdas sobretudo porque nós nos encontramos em pleno processo eleitoral. A Justiça queria que eu me recolhesse no período domiciliar noturno, queria que eu não me aglomerasse, mas não tem como”, relembra o candidato que reforçou que o momento atual vai definir o prefeito da cidade de Coari.
Cabral deixou claro que não pode se esconder e nem se omitir diante do caso, já que o mesmo concorre ao pleito e precisa acarretar votos. “Por essa razão, a Justiça Eleitoral entendeu que descumpri algumas medidas cautelares e também não tive culpa de quando houve uma carreta que me seguiu até a porta de casa, não pude impedir as pessoas de uma manifestação voluntária”, declarou o candidato.
Cabral antecipou à nossa equipe de reportagem que vai agir junto ao seu corpo de advogados em trabalhar para revogar essa decisão, que lamentou como “absurda” por parte da Justiça.