A Polícia Civil do Mato Grosso indiciou 16 pessoas pelos crimes que resultaram no duplo assassinato da candidata a vereadora Rayane Alves Porto, de 25 anos, e da irmã dela, Rithiele Alves Porto, 28. O crime ocorreu no dia 14 de setembro em Porto Esperidião, cidade do sudoeste mato-grossense. Antes de serem mortas, as mulheres foram torturadas.
O delegado do município, Fabrício Garcia, informou nesta segunda-feira (30/9) que o inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público para oferecimento da denúncia ao Judiciário. Os 16 envolvidos foram indiciados por organização criminosa, extorsão mediante sequestro qualificada pela morte, extorsão mediante sequestro qualificada por lesão grave, tortura e furto.
Segundo o delegado, todos os envolvidos na execução do crime foram identificados. As irmãs foram brutalmente torturadas e mortas a golpes de faca por integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. O inquérito aponta que a motivação teria sido uma foto publicada por elas nas redes sociais, uma semana antes.
Na imagem, registrada durante um momento de lazer em família, as irmãs aparecem fazendo sinais com a mão, que foram interpretados por integrantes do grupo criminoso como um símbolo da facção rival, Primeiro Comando da Capital (PCC). Testemunhas relataram no inquérito que elas fizeram o símbolo do rock, apenas.
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Operação concluiu prisões
Entre os indiciados, estão oito adultos e oito adolescentes. Seis dos investigados foram capturados na quinta-feira (26/9), quando a polícia deflagrou a Operação Circus. Os demais já haviam sido detidos nos dias após o crime.
O delegado Fabrício Garcia conta que a operação “ocorreu de forma rápida e silenciosa por policiais à paisana, já que os criminosos estavam em alerta máximo, com receio de serem presos”.
A investigação, segundo ele, foi complexa e resultou em um procedimento de mais de 700 páginas. As diligências descartaram, também, qualquer motivação política no crime. Rayane era candidata na cidade pela primeira vez.
*Com informações do Metrópoles