Segundo a empresa estatal de energia atômica da Ucrânia, Energoatom, os soldados russos que estavam ocupando a usina nuclear de Chernobyl deixaram as instalações. Os funcionários da usina afirmaram que não há mais “estranhos” entre eles, referindo-se aos militares russos.
Em comunicado, a Energoatom declarou:
“Esta manhã, os invasores anunciaram suas intenções de deixar a usina nuclear de Chernobyl”.
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A companhia também relatou que forças militares russas cavaram trincheiras na parte mais contaminada da zona de exclusão da usina, recebendo “doses significativas” de radiação. Segundo relatos não confirmados, alguns desses soldados contaminados estariam sendo tratados em Belarus, país aliado da Rússia. Agências de notícias como a Reuters e CNN citaram relatos de trabalhadores que diziam que “alguns dos soldados não tinham ideia de que estavam em uma zona de radiação”. A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) disse em comunicado que não pôde confirmar os relatos.
Chernobyl foi palco do maior acidente nuclear da história, quando um dos seus reatores explodiu em 26 de abril de 1986, liberando radiação por áreas vizinhas da então União Soviética e oeste da Europa. Além das pessoas mortas na explosão, a liberação de radioatividade levou a milhares de mortes nas semanas, meses e anos seguintes, e a dano ambiental incalculável. A zona de exclusão de Chernobyl estabelece uma área de 2.600 km2 em torno da usina.
A invasão russa da Ucrânia começou em 24 de fevereiro e a usina de Chernobyl foi um dos primeiros alvos a serem tomados pelas forças russas.