O governo federal prorrogou por mais 30 dias o decreto que prevê a redução de 25% dos Imposto sobre Produtos Importados (IPI). A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (31), e deve mobilizar novos esforços da bancada amazonense no Congresso e do Executivo estadual.
No dia 9 de março, o governador Wilson Lima (União Brasil) afirmou que a medida seria revisada e beneficiaria a retirada dos produtos da ZFM, garantindo a competitividade do modelo de isenção fiscal. Como o anúncio não se confirmou, parlamentares criticaram a decisão e avaliaram quais medidas deverão ser tomadas.
“Temos trinta dias para trabalhar para que a redação contemple a excepcionalidade dos produtos da Zona Franca. Vamos na certeza de que, na mudança de atitude, nossos direitos serão respeitados e nosso pleito será contemplado“, disse Wilson Périco, presidente da presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).
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Para o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD-AM), a manutenção do decreto “trata de forma irresponsável algo de que depende a vida das pessoas do maior estado da federação”.
“A economia e o povo amazonense não podem ficar sujeitos aos caprichos de quer quer que seja. Afinal, são meio milhão de famílias que dependem diretamente do modelo ZFM para levar comida para suas mesas“, declarou o parlamentar em vídeo publicado nas redes sociais.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) avaliou que a prorrogação pode resultar na maior crise de desemprego da história da Zona Franca de Manaus.
“A decisão de reduzir o IPI em todo o Brasil sem dar a devida exceção ao que é produzido na Zona França de Manaus é uma atitude covarde contra o Amazonas, contra a nossa economia e contra os empregos da nossa gente”, disparou.
Daniel Amorim, da redação