O inquérito de quase mil páginas da Operação Integration da Polícia Civil de Pernambuco, para investigar crimes de lavagem de dinheiro com apostas e jogos de azar, detalha os gastos de todos os alvos da investigação, tanto de pessoas físicas como jurídicas. Essa é a operação que promoveu a prisão da advogada e influenciadora Deolane Bezerra, por suspeita de envolvimento no esquema.
Nas planilhas que mostram os gastos, aparecem itens como carros, motos e até aeronaves, figuram notas de lanches, livros, cursos, tíketes de cinema, e outros itens inusitados.
A planilha do empresário Flavio Cristiano Bezerra Fabrício, de 47 anos, porém, chama a atenção. Entre a aquisição de motos, carros usados, que chegam a mais de R$ 100 mil, e até uma arma Glock, no valor de R$ 13 mil, aparecem gastos de milhares de reais com vários brinquedos eróticos.
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A compra da maioria deles aconteceu em abril de 2020, primeiro mês de lockdown por conta da pandemia de Covid-19. Num só dia, Flávio gastou R$ 444,80 com um vibrador Kid Bengala, multivelocidade, de 27 cm x 6,3 cm, uma réplica realística inspirada nos dotes físicos do famoso ator pornô brasileiro, e uma outra prótese de 20,5 cm x 4,5 cm, descrita como “realística com glande e veias”.
Meses depois, ele comprou pela internet vários apetrechos sexuais como plug anal, vibradores diversos, anestésico e um kit com 10 calcinhas fio-dental e um acessório chamado Big Bunda Gigante em Cyberskin, que dá a impressão de pele de verdade, de R$ 930.
Flavio Cristiano é relacionado no inquérito como proprietário de bens imóveis e de dois veículos de alto padrão, apreendidos, e acabou sendo investigado por depositar R$ 350 mil, em espécie, para a empresa Esportes da Sorte, do empresário investigado Darwin Henrique Filho. Flávio também teve R$ 4 milhões bloqueados.
A planilha ainda mostra que Flávio fez vários pagamentos para uma gráfica, entre 2019 e 2021, que confeccionou material para a Caminhos da Sorte. Esta empresa de apostas online originou as investigações da Operação Integration por operar o jogo de bicho no Recife, e pertence ao pai de Darwin, o contraventor Darwin da Silva, também alvo no inquérito.
Com informações do Extra.