A presença em carreatas, bandeiraços e inserções durante o período eleitoral contam (e muito) para eleger um candidato. Porém, com o “boom” das redes sociais a forma de “fazer política” mudou e influencia diretamente a imagem de quem pretende ser eleito. Essa reviravolta é vista como uma nova estratégia de marketing.
Consultado pela equipe de reportagem da Rede Onda Digital, o cientista político Helso Ribeiro, comenta que essas atitudes surgem conforme a preferência do eleitorado e resultados de pesquisas de mercado.
“De acordo com o crescimento de um ou de outro, começa a bater e atacar adversários. Então quem começa a se salientar, a ter um pouco mais de espaço, começa a ser atacado, normalmente é o de baixo acatando o de cima, uma estratégia de marketing”, explica.
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Até que ponto candidatos podem atacar adversários como estratégia de campanha?
As estratégias mudaram conforme os anos. Em pleitos anteriores, a prioridade eram os showmícios, palanques e passeatas para se aproximar do eleitorado e trocar farpas com adversários. Atualmente, essa essência continua, mas com foco na era digital, com trechos em edições curtas e chamativas para atrair engajamento.
“Todas as redes sociais são canais que chegam a muitas pessoas, daí a ideia de não ser longo e tudo isso tem que ser visto acrescentando um desgaste da população com a democracia representativa. São muitas promessas, promessas não cumpridas, as vezes falaciosas”, reforça.
À medida que se aproxima das eleições municipais, no dia 06 de outubro, candidatos já participaram de debates e entrevistas na televisão e rádio, trocaram acusações e apresentaram propostas de campanha, cabe ao eleitor analisar qual a melhor escolha e o resultado disso será nas urnas.
“O que se observa é que atitudes agressivas não ganham muitos votos. A grande maioria do eleitorado não gosta de baixaria e não apoia essas atitudes”, finaliza.