A Justiça de São Paulo condenou seis dos sete denunciados pelo sequestro de Marcelinho Carioca e de Taís Moreira, amiga do ex-jogador. O crime aconteceu em dezembro do ano passado.
O juiz Sérgio Cedano disse na sentença que “as consequências do delito são nefastas, traumatizando as vítimas de forma irreversível”.
Foram aplicadas as seguintes penas aos acusados:
Caio Pereira da Silva e Jones Ferreira, que, segundo a polícia, renderam Marcelinho e Taís e os levaram para o cativeiro, receberam, respectivamente, uma pena de 28 anos e cinco meses prisão e 24 anos e quatro meses de prisão.
Thauannata Lopes dos Santos e Camily Novais da Silva, que seriam as responsáveis por procurar amigos e familiares das vítimas para a extorsão, receberam uma punição de 21 anos e quatro meses de prisão.
Wadson Fernandes Santos e Eliane Amorim, que teriam fornecido as contas bancárias para o recebimento dos pagamentos, sacado e transferido o dinheiro, foram condenados a 24 anos e 4 meses de prisão.
O sétimo denunciado, Matheus Cândido Costa, que seria o terceiro homem armado que rendeu as vítimas, não foi julgado ainda. O processo em relação a ele foi desmembrado, pois estava foragido, tendo sido preso apenas em agosto.
Os réus ainda podem recorrer das condenações.
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Em suas defesas, Caio disse à Justiça ser inocente. Jones e Eliane disseram não haver provas de que participaram do crime. Camily disse ter sido incluída nos autos do processo apenas por “conhecer pessoas envolvidas”. Wadson disse que não há provas de sua participação no crime. Thauannata disse que não cometeu crime algum, e que estava “no local errado, na hora errada” (a casa do namorado, Caio).
Relembre o caso
Marcelinho e Taís foram sequestrados na madrugada de 16 de dezembro e libertados pela Polícia Militar na segunda-feira (18/12). Eles foram encontrados numa residência de Itaquaquecetuba, após denúncia anônima.
Marcelinho contou que tinha ido a um show no estádio do Corinthians, em Itaquera, zona Leste da capital, no domingo anterior. Ao sair de lá, seguiu para Itaquaquecetuba para levar ingressos do evento para Taís, que é funcionária da Secretaria de Esportes do município. Os dois são amigos. Chegando ao local, ele contou que os dois foram abordados por homens armados. O ex-jogador teria levado duas coronhadas.
Segundo as investigações policiais, os criminosos não sabiam que tinham sequestrado o ídolo corintiano: a atenção deles teria sido despertada pelo carro que Marcelinho dirigia.
No cativeiro, os dois foram obrigados a gravar um vídeo no qual afirmavam que estavam tendo um envolvimento amoroso, para despistar a investigação e lançar suspeita sobre o marido dela.
Os pedidos de pagamento de resgate para libertar o ex-jogador foram feitos pelos criminosos no domingo e na segunda. Um amigo da família de Marcelinho chegou a transferir dinheiro para os sequestradores.
Com informações de UOL