Apresentada em agosto do ano passado pelo vereador Sassá (PT), a proposta da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Águas de Manaus precisa de apenas três assinaturas para ser implementada na Câmara Municipal de Manaus (CMM). A iniciativa visa apurar denúncias de irregularidades nos serviços executados pela concessionária, com ênfase na taxa de coleta e tratamento de esgoto.
Sassá e o vereador Rodrigo Guedes (PSC), um dos primeiros a subscrever o projeto, voltaram a abordar o tema no plenário da Casa esta semana e reafirmaram que a cobrança integral da taxa é abusiva, pois apenas 27% da cidade têm cobertura de coleta e tratamento de resíduos.
“A Amazonas Energia recuou na questão dos medidores porque muita coisa foi feita na CPI da Assembleia Legislativa. O povo está pagando caro e o custo do fornecimento está aumentando”, argumentou o petista. “Vamos para o combate. Aqui somos 41 vereadores contra uma empresa que não está cumprindo suas obrigações“.
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“Que os moradores se unam. A Amazonas Energia tentou instalar medidores e a população impediu. Pagar taxa de 100% é extorsão”, sentenciou Guedes.
Para o vereador, trata-se de uma reparação do Legislativo municipal em prol do consumidor, já que a taxa foi instituída em 2012 após votação na CMM.
“Temos que aprovar a CPI. A concessionária teve lucro de R$ 1,1 bilhão em dois anos, aumentou o valor da conta de água em 9,8% e a população ficou à míngua”.
Daniel Amorim, da redação