O monóxido de carbono (CO) na atmosfera atingiu níveis altíssimos no Brasil devido às diversas queimadas no país nos últimos dias, segundo a MetSul Meteorologia. Em 48h, foram 7.322 focos de incêndio entre quinta e sexta-feira, conforme o Inpe.
O gás está cobrindo principalmente o sul da região Amazônica, o Centro-Oeste, em Rondônia, o Sul do país e São Paulo. Os mais altos níveis de CO na atmosfera, entretanto, foram observados no sul do estado do Amazonas (região conhecida como arco do desmatamento), em Rondônia, na Bolívia (fora do altiplano e na região de Santa Cruz) e no Paraguai.
Por ser incolor, inodoro e muito perigoso, o monóxido de carbono pode levar à morte em ambientes fechados. O gás também é um dos seis principais poluentes atmosféricos.
O monóxido de carbono é resultado da queima incompleta de combustíveis à base de carbono, como carvão, madeira e óleo. Incêndios em vegetação são uma fonte de poluição por CO em outras regiões, onde a substância é espalhada pelos ventos e padrões de circulação por toda a baixa atmosfera (troposfera).
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O gás liberado pelas queimadas não tem efeito direto na temperatura global, como o metano e o dióxido de carbono, segundo o MetSul, mas atua na química atmosférica e afeta a capacidade da atmosfera de “se limpar” de outros gases poluentes.
Em combinação com outros poluentes e luz solar, o gás participa da formação de ozônio atmosférico inferior (“ruim”) e da poluição urbana. A substância também é um dos principais agentes da fumaça que podem causar efeitos na saúde, além do material particulado (PM2.5), que tem grande potencial inflamatório no corpo.
A inalação de monóxido de carbono diminui o suprimento de oxigênio do corpo. Isso pode causar dores de cabeça, reduzir o estado de alerta e agravar a angina (problema cardíaco). Nos pulmões, o gás pode causar irritação respiratória e falta de ar, e piorar doenças preexistentes, como asma.
*Com informações do UOL e MetSul Meteorologia