A secretária estadual de Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT), Francinete Lima, emitiu uma nota de repúdio contra o presidente do diretório estadual do partido, o deputado estadual Sinésio Campos, devido ao comportamento considerado desrespeitoso e misógino durante uma reunião da Executiva Estadual, realizada na última quarta-feira (11/09).
De acordo com o relato de Francinete, a reunião foi iniciada na tarde daquele dia, pela vice-pesidente Kívia Mirrana, conforme estipulado no estatuto do partido, que prevê a condução dos trabalhos pela vice na ausência do presidente. Entretanto, segundo Francinete, Sinésio Campos adentrou a sala aos gritos, interrompendo um vice-presidente de maneiras agressivas, afirmando ser o “presidente de fato e de direito”, e exigindo que a condução fosse interrompida.
A atitude do presidente foi descrita como grosseira, autoritária e machista, levando Kívia Mirrana a um estado emocional abalado, o que a fez se retirar da sala em lágrimas. Francinete Lima, que estava presente no momento, classificou o comportamento de Sinésio como uma clara demonstração de violência política e psicológica, indo contra os princípios defendidos pelo PT, especialmente no que tange à igualdade de gênero e ao respeito às mulheres.
A assessoria do deputado foi procurada, mas não deu retorno ate o fechamento desta matéria.
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Confira a nota na íntegra:
Eu, Francinete Lima, secretária estadual de Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT), venho a público manifestar meu mais profundo repúdio ao senhor Sinésio Campos, presidente do diretório estadual do PT, pela atitude práticada durante reunião da Executiva Estadual, convocada para as 17 horas do dia 11/09/2024.
A reunião, que já contava com quórum suficiente, foi iniciada às 17h42 e conduzida pela vice-presidente Kívia Mirrana, conforme solicitação dos membros da Executiva presentes, tendo em vista que já havia se passado o tempo de tolerância e que o presidente não se fazia presente no início da mesma. Ao abrir a reunião, a Vice-presidente Kívia seguiu o protocolo, lendo a pauta e dando início aos informes, em pleno respeito ao estatuto do partido, que garante à vice-presidente o direito de conduzir os trabalhos na ausência do presidente.
No entanto, de forma absolutamente desrespeitosa, o senhor Sinésio Campos adentrou a sala aos gritos, interrompendo a condução da reunião, afirmando em tom agressivo que ele era o presidente “de fato e de direito”, exigindo que a vice-presidente parasse imediatamente de conduzir os trabalhos. Sua postura foi grosseira, arbitrária e profundamente machista e misógina, revelando um completo desrespeito para com uma mulher em posição de liderança.
Ademais, tal ato de desrespeito causou a companheira Kívia Mirrana um visível abalo emocional, e em lágrimas, se viu obrigada a se retirar da sala de reunião, profundamente atingida pela atitude violenta e autoritária do presidente.
Como secretária estadual de Mulheres, eu estava presente e não posso me calar diante dessa demonstração clara de abuso de poder e de violência política e psicológica que vai contra tudo o que defendemos enquanto partido.
O Partido dos Trabalhadores tem um compromisso histórico com a defesa dos direitos das mulheres, com a igualdade de gênero e com o respeito às mulheres em todos os espaços, especialmente na política. Atitudes como essa são intoleráveis e representam uma afronta a esses princípios.
Eu, como secretária estadual de Mulheres, repudio veementemente o comportamento do senhor Sinésio Campos e exijo providências para que situações como essa não voltem a acontecer dentro do partido.