O aumento do preço da gasolina anunciado pela Petrobrás nessa quinta-feira (10) resultou em filas nos postos de combustíveis em Manaus. Motoristas tentavam aproveitar as últimas horas antes do reajuste para completar o tanque. Diante da alta demanda, alguns estabelecimentos encerraram a venda alegando problemas no sistema.
A dolarização do preço e a importação do combustível, além da guerra da Rússia – terceiro maior produtor mundial do insumo – têm influência na alteração dos preços, segundo o vereador Diego Afonso (União Brasil), que atua na revenda de derivados de petróleo. No entanto, o parlamentar e empresário avalia que falta iniciativa do governo federal em conter novos aumentos.
“É a vigésima mudança de preços na pandemia. Essa política do governo federal está equivocada. O presidente precisa descer do palanque, e percebemos que a redução de impostos não é prioridade”, afirmou, em entrevista à rádio Onda Digital na manhã desta sexta-feira (11).
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O vereador estima que, caso o governo não implemente mudanças na política de preços da Pretrobrás, o valor da gasolina pode chegar a R$ 8 até o final deste ano.
“A região Sul do Amazonas, por exemplo, pode ser a mais afetada por questões logísticas”, disse, acrescentando que a inflação é reflexo da incidência do combustível na cadeia econômica.
De acordo com o parlamentar, o monopólio exercido por uma empresa do ramo na capital amazonense foi beneficiado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que zerou a alíquota do Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS) no âmbito da Zona Franca de Manaus.
“A redução de alíquota poderia gerar uma baixa de até 40% no preço da gasolina“, explicou.
Daniel Amorim, da redação