Edmundo González, candidato da oposição que concorreu contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nas eleições de julho, deixou o país no sábado (7/9) rumo à Espanha após solicitar asilo político. Na última semana, González passou a ser alvo de mandado de prisão aceito pela justiça venezuelana.
A informação da vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, foi confirmada pelo Ministério dos Relações Exteriores do país europeu na madrugada deste domingo (8). De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, González embarcou em um voo da Força Aérea espanhola.
Conforme a agência Reuters, Albares afirmou pela rede social X que “o governo da Espanha está comprometido com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos”.
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A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, disse que González deixou o país com o aval do governo venezuelano. Segundo ela, “após os contatos entre os dois governos e o cumprimento dos trâmites legais, a Venezuela concedeu os salvo-condutos necessários para garantir a tranquilidade e a paz política no país”.
Há várias semanas, González estava escondido dentro do país. De acordo com a vice-presidente, o candidato estava “há vários dias” refugiado na embaixada da Espanha em Caracas, capital da Venezuela, e havia solicitado asilo político por ser alvo de um mandado de prisão.
A oposição a Maduro apresentou dados de apuração da eleição presidencial, apontando que González venceu o pleito com 67% dos votos. Ele chegou a se autoproclamar presidente da Venezuela. A vitória dele chegou a ser reconhecida pelos Estados Unidos, pela ONU e outros países. Já os dados das atas eleitorais do órgão eleitoral da Venezuela, que apontam a vitória de Maduro, nunca foram apresentados publicamente.
Edmundo González é investigado por crimes como usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa. Segundo o MP, o pedido de prisão foi apresentado após González ignorar três intimações para prestar depoimento. O órgão é aliado de Maduro.
Com informações de G1.