O prefeito de Manaus David Almeida (Avante) anunciou nessa terça-feira (8) que, a partir do dia 16 de março, deve suspender a obrigatoriedade do uso de máscaras contra a Covid-19 em locais públicos. A decisão, segundo Almeida, foi tomada após reunião realizada na sede da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e considera o avanço da vacinação na capital.
Vereadores entrevistados pelo Fiscaliza News nesta quarta-feira (9) foram unânimes ao se posicionar favoráveis à medida. Para William Alemão (Cidadania), a iniciativa atende a uma vontade que já vinha sendo cumprida pela população.
“Se temos índices favoráveis (de diminuição de casos) e todos querem voltar à normalidade, então que o novo normal seja justo. Afinal, o próprio prefeito pode determinar a revogação da medida se houver aumento de contágio. Nesse contexto, é o setor técnico da área de saúde que vai avaliar. Hoje, muitas pessoas deixaram de usar a proteção em mercados e feiras, por exemplo. Vai regularizar o que já existe”, analisou.
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Diego Afonso (União Brasil) sugeriu que a medida seja estendida a locais fechados, o que já ocorre em algumas cidades do país. “Muitos clientes de restaurantes, por exemplo, já entram nos estabelecimentos sem a máscara. Há capitais em que a medida foi implementada em locais públicos e abertos, outras já cancelaram a obrigatoriedade em locais fechados”.
O vereador acrescentou que o custo das máscaras que oferecem maior nível de proteção, como a N95, pesa no orçamento das famílias.
“O prefeito não toma decisões sozinho. Nesse caso, ele foi orientado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que entendeu o uso da máscara deve ser suspenso de forma parcial”, argumentou o vereador Raulzinho (PSDB). “Só o presidente da República tomou a decisão de forma individual, contra a Organização Mundial de Saúde (OMS), e seguiu na contramão de todos”, ironizou.
Daniel Amorim, da redação