Ednéia Carvalho, esposa do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, se manifestou publicamente nesta quinta-feira (05/09) em defesa de seu marido após denúncias feitas pela ONG Me Too, que o acusam de assédio sexual. As acusações envolvem, entre outras vítimas, a ministra Anielle Franco, titular da pasta da Igualdade Racial. Ednéia atribuiu as denúncias a “racismo” e disse que os ataques ao ministro e sua equipe são baseados em “mentiras, ressentimento e racismo“.
Em uma série de postagens em seu perfil no Instagram, Ednéia repudiou as acusações, referindo-se a quem as promove como “gente escrota”. Em outro trecho, ela destacou o que considera um padrão de comportamento racista:
“Um homem negro e uma mulher negra estão sendo acusados de serem arrogantes e autoritários. É sempre assim. A branquitude (sic) não aceita a negritude com poder”, escreveu.
A defesa fervorosa do marido também incluiu críticas àqueles que deixaram o ministério, insinuando que as denúncias seriam motivadas por ressentimento:
“Quem saiu de lá por vagabundagem ou incompetência fica agora criando história pra justificar seu fracasso. Porque pessoas felizes não desprezam o seu tempo tentando atrapalhar a vida dos outros“, disparou Ednéia.
As declarações parecem responder diretamente à justificativa apresentada pelo Ministério dos Direitos Humanos, que sugeriu que as denúncias da ONG Me Too seriam uma tentativa de interferência no processo licitatório do Disque 100, serviço antes vinculado ao Ligue 180, do Ministério da Mulher. O serviço foi desmembrado após a criação do novo ministério e, na época das acusações, era coordenado por Kelly Garcez e Iany Macedo Brum, ambas desligadas do governo em março deste ano.
Leia mais sobre o caso:
- Caso Silvio Almeida: “Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, diz presidente Lula
- Oposição pressiona ministro Silvio Almeida a se explicar sobre denúncias de assédio sexual
- Denúncias de assédio sexual envolvendo ministro Silvio Almeida serão investigadas pela PF