Uma advogada de São Paulo perdeu cerca de R$ 35 mil para um estelionatário que fingia ser o empresário Elon Musk, dono da Tesla, da Space-X e proprietário do X, antigo Twitter, que está suspenso no Brasil por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A advogada disse à Justiça ter sido procurada pelo golpista nas redes sociais com a promessa de que obteria um lucro significativo se fizesse uma aplicação em bitcoin. As conversas, em inglês, eram feitas pelo X e pelo Telegram, nas contas @EMusk97623 (X) e @elon_musk6748 (Telegram).
Golpe por meio de bitcoin
Acreditando na veracidade da promessa, a advogada enviou valores para um endereço de bitcoin indicado pelo falso Musk. De acordo com o processo, a advogada fez remessas para o endereço indicado pelo estelionatário entre os dias 22 de maio e 10 de junho deste ano.
Ela só não enviou mais recursos, pois estranhou quando a conta do falso Elon Musk foi bloqueada no X. A advogada pediu, então, uma conversa por vídeo para comprovar que estava conversando com Musk, mas a resposta foi negativa.
“Fui eu quem desabilitou a conta (…) Se você não está preparada para enviar os recursos antes de ver o meu rosto, você não está pronta para retirar o seu dinheiro”, respondeu o golpista.
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À Justiça, a advogada afirmou: “Ele se negou porque não é o proprietário do X”.
A advogada cita, inclusive, que recursos de inteligência artificial foram utilizados pelo golpista para enganá-la. “Com fotos e vídeos em tempo real”.
Na ação, ela pede que o X e o Telegram forneçam informações que possibilitem a identificação do estelionatário. O processo tramita 3ª Vara Cível Central de São Paulo.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na semana passada, determinou a suspensão do X no Brasil após a empresa não cumprir determinações judiciais.