A Procuradoria-Geral da Venezuela pediu a prisão de Edmundo González, opositor do presidente Nicolás Maduro. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (2/9), mesma data do documento. González é o principal opositor a Maduro no país, concorreu às últimas eleições e, segundo a oposição, venceu o pleito.
A Procuradoria-Geral argumenta que González teria ignorado três intimações para que ele prestasse depoimento. O opositor é investigado pelos supostos crimes de usurpar funções de autoridades, incitação a atividades ilegais e falsificação de documentos oficiais.
A Justiça ainda não se manifestou sobre o pedido de prisão. O órgão é aliado do atual presidente da Venezuela e tem forte influência do grupo chavista.
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A possibilidade da prisão já tinha sido alertada a González pela Procuradoria. O oposicionista, temendo a prisão, faltou às intimações. O Tribunal Supremo de Justiça convocou González e também outros candidatos da última eleição à presidência do país. O objetivo era que eles assinassem um documento com o reconhecimento à legalidade do resultado do pleito, divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
A divulgação do resultado por parte do CNE foi questionada por opositores e levantou dúvidas sobre a fidelidade da contagem dos votos. O principal motivo foi porque o CNE não apresentou as atas das eleições, documento que apresenta similaridades com o boletim de urna, emitido no Brasil. O papel permitiria uma conferência dos dados divulgados. A Justiça do país decidiu impor sigilo aos documentos.
*Com informações do Metrópoles