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Mulher que morava em McDonald’s no Leblon é presa por injúria racial após ofender adolescentes

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Susane Paula Muratori Geremia, de 64 anos, que ficou conhecida nacionalmente por viver com a filha Bruna Muratori, de 31 anos, há sete meses em uma unidade do McDonald’s no Leblon, Rio de Janeiro, foi presa em flagrante na última sexta-feira (31) por injúria racial. A prisão ocorreu após Susane ofender adolescentes que estavam no local.

“Ela veio até nós e disse: ‘abre a boca agora, suas fedelhas’. Em seguida, chamou minha amiga de ‘preta nojenta’ e ‘vagabundinha’.”, relatou uma das jovens.

Após o ocorrido, Susane e Bruna foram conduzidas à delegacia, juntamente com as adolescentes, para prestar esclarecimentos. Os pais das jovens registraram a ocorrência e relataram a gravidade dos insultos, que incluíram termos como “pobre” e “preta nojenta”.

Rafael Tavares, taxista e pai de uma das vítimas, expressou sua surpresa ao encontrar a filha dentro de uma viatura policial.

“As crianças estavam dentro da van da polícia, e fiquei assustado. Os policiais foram muito educados e também estavam revoltados com a situação. As mulheres agrediram verbalmente as meninas, chamando-as de ‘negras’, ‘pobres’ e outros insultos que prefiro não repetir.”, disse Tavares.

Bruna Medina de Souza, mãe de outra adolescente, contou que foi informada da situação por telefone e correu para o local.

“Eu saí correndo para o local e ela continuou ofendendo minha filha: ‘Aquela pretinha ali de biquíni’. Eu respondi: ‘Ela é preta mesmo, é minha filha, e se quiser falar com ela, tem que se dirigir a mim’. Foi quando os policiais chegaram.”, relatou em entrevista à TV Globo.


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O conflito começou quando Susane e Bruna se desentenderam com um grupo de adolescentes que havia parado no McDonald’s após um dia na praia. Durante a discussão, Susane teria chamado uma das jovens de “preta nojenta”, segundo relato das vítimas. As adolescentes afirmaram que as duas mulheres começaram a gravá-las e a fazer comentários racistas e ofensivos.

Bruna destacou, igualmente, a importância das testemunhas no caso. “Graças a Deus houve testemunhas oculares. Por minha filha ser adolescente, preta, periférica e mulher, já tem pouca voz. Mas dessa vez, as testemunhas ajudaram a garantir credibilidade ao que aconteceu.”, concluiu.

Informações Tv Globo

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