Em fevereiro, apesar do número reduzido de dias do mês e de sessões (13) em função do feriado do Carnaval, os deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) registraram, no total, 36 faltas. As ausências representam R$ 70 mil em prejuízo de verba pública, já que as faltas foram justificadas e não resultaram em descontos nos salários dos parlamentares.
O cálculo baseia-se na multiplicação do custo de cada deputado no plenário (R$ 1.947,86) pelo número de faltas. Para chegar nesse valor, divide-se o salário dos parlamentares (R$ 25.322,25) pelo número de sessões realizadas no mês de fevereiro.
Com base em informações do Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (Sapl), constata-se que o deputado Álvaro Campelo (PP) teve o maior número de faltas (6), o que representa quase metade das sessões da Aleam. Em seguida, aparecem no ranking Cabo Maciel (PL) e Nejmi Aziz (PSD), ambos com cinco faltas, e Adjuto Afonso (PDT), com quatro.
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Abdala Fraxe (Podemos), Belarmino Lins (PP), Carlinhos Bessa (PV), Dr. Gomes (PSC), Fausto Junior (MDB) e Wilker Barreto (sem partido) assinalaram três faltas. Mayara Pinheiro (PP) teve duas faltas. Delegado Péricles (PSL), João Luiz (Republicanos) e o presidente da Casa, Roberto Cidade (PV) registraram apenas uma ausência.
O “sumiço” dos parlamentares foi motivo de críticas do deputado Serafim Corrêa (PSB), que criticou a falta de quórum para deliberação das pautas. Na semana passada, Wilker Barreto propôs a regulação do sistema híbrido (presencial e online) na Aleam, já que alguns colegas que trabalham em casa estão registrando presença antes de desaparecer atrás dos monitores. “Deve ter abertura de tela no início dos trabalhos, nas votações. Seria um avanço”, propôs Wilker.
Via Manaus 360, com informações de Daniel Amorim