A candidata à Prefeitura de Parintins, Brena Dianná (União Brasil), entrou com uma notícia-crime no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), em conjunto com a Coligação União por Parintins (União Brasil, PP, PRD, DC, Agir, Mobiliza, PSB), contra o prefeito do município, Frank Bi Garcia. Brena alega ter sido vítima de violência política de gênero.
De acordo com a denúncia, no início de agosto, durante a convenção partidária de Mateus Assayag, adversário de Brena na disputa pela Prefeitura, Bi Garcia fez comentários sobre a gestão do ex-prefeito Alexandre de Carbrás, que tem baixa popularidade na cidade. Durante o evento, o prefeito associou a imagem de Brena ao ex-gestor.
“O Carbrás quebrou a cidade. Ele levou os empregos para Manaus. Ele tirou o dinheiro da nossa economia. Quando eu andava de casa em casa, de cada casa que eu encontrava, era gente desempregada, querendo vender a sua casa para ir embora de Parintins. Passou aquele Carbrás (…) e agora estão querendo empurrar a Carbrás de saia. Não tem lugar para Carbrás de saia”, discursou.
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A Coligação União por Parintins emitiu uma nota na quarta-feira (28/08), acusando o prefeito de “reduzi-la a uma versão feminina de um político mal-visto, atingindo-a em sua condição de mulher”, conforme o documento protocolado na denúncia. A campanha de Brena alega que Bi Garcia violou a Lei n° 14.192/2021, que estabelece medidas de prevenção e repressão à violência política contra a mulher durante as eleições.
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Segundo dados do Monitor da Violência Política de Gênero e Raça, do Instituto Alziras, das 175 representações de violência política de gênero e raça feitas no Brasil nos últimos dois anos e meio, apenas 12 (7%) resultaram em ações penais eleitorais.