A candidata à Prefeitura de Eirunepé, professora Áurea (MDB), se pronunciou na quinta-feira (29/08), denunciando uma série de ataques que vem sofrendo desde o início de sua pré-campanha. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Áurea expôs a situação de violência política, assédio moral e misoginia que tem enfrentado, destacando um incidente recente que agravou ainda mais o cenário de intimidação.
Segundo a professora, durante uma visita a uma família na cidade, ela foi cercada por um grupo de pessoas ligadas a seus adversários, que a provocaram de maneira ostensiva, chegando a filmá-la na tentativa de gerar um tumulto.
“Para todo lugar que eu vou, tem grupos de pessoas me perseguindo, com a intenção clara de pressionar a mim e as pessoas que me recebem em suas casas, em qualquer lugar. Já chega!“, desabafou.
Áurea pediu intervenção das autoridades locais e estaduais para garantir a sua segurança e o direito de todas as mulheres participarem da política sem serem vítimas de violência.
“Eu peço às autoridades da minha cidade, às autoridades do Amazonas que façam uma intervenção nisso, que é uma questão de direito não só meu, mas de direito de todas as mulheres, de qualquer mulher que queira participar do processo político”, completou a candidata.
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Repercussão do caso
O caso ganhou repercussão na Assembleia Legislativa do Amazonas, onde a deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) também denunciou o episódio. Durante a sessão de ontem (29/08), Campêlo criticou duramente o comportamento do prefeito e de outro candidato à Prefeitura de Eirunepé, que estariam usando termos misóginos e machistas para atacar Áurea. “Eu não quero enfrentar ela, quero enfrentar o marido dela”, teria dito um dos adversários, segundo a deputada.
Campelo anunciou que levará o caso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e à Ouvidoria da Mulher, enfatizando que a Procuradoria da Mulher tomará as providências necessárias para combater esse tipo de violência nas eleições.
“Não aceitarei ataque a nenhuma política mulher nessa eleição.”, concluiu.
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