A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) indiciou o vereador Dione Carvalho (Agir) pelo crime de peculato por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de salários de funcionários de seu gabinete, mais conhecido como “rachadinha”. Segundo as investigações, a esposa do vereador estaria coagindo assessores do parlamentar a devolver parte dos seus salários.
Para a polícia, o vereador Dione nega ter envolvimento ou qualquer conhecimento sobre as movimentações financeiras dos seus funcionários na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
O esquema de “rachadinha” é previsto no Código Penal brasileiro como crime de peculato, uma vez que envolve a apropriação indevida de recursos públicos para benefício pessoal.
A Delegacia Especializada em Crimes contra a Fazenda Pública conduziu as investigações e revelou que um homem foi contratado como assessor e a esposa do vereador exigiu a parte do salário, restando ao homem o valor de R$300 (trezentos reais).
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O delegado José Ribamar Campelo Aníbal conduziu o inquérito e apontou provas que incluem depoimentos de ex-assessores, extratos bancários e gravações de conversas que corroboram com as suspeitas de “rachadinha”.
As investigações ainda apontam o envolvimento ativo da esposa do parlamentar, que recolhia documentos dos funcionários e teria solicitado os valores sob o argumento de “acertar contas”.
A polícia indiciou Dione Carvalho, a esposa dele e mais dois funcionários do gabinete parlamentar. O documento foi enviado ao Ministério Público do Amazonas (MPAM), nesta quinta-feira (22/8), e caso o MPAM decida pela denúncia, o vereador poderá responder judicialmente.