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Amazonas é o 3ª estado que mais compartilha perfis genéticos de restos mortais com Banco Nacional

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O Amazonas é o terceiro estado que mais compartilha material biológico de restos mortais não identificados com o Banco Nacional de Perfis Genéticos. Porém, de acordo com perito Delson Tavares, do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística Lorena Baptista, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), a quantidade de perfis de familiares de pessoas desaparecidas ainda é muito baixa.

Para buscar mudar essa realidade, o Laboratório de Genética Forense do Amazonas vai participar entre os dias 26 e 30 de agosto, da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, que a partir deste ano, está inserida na Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas.

A iniciativa consiste na coleta de material biológico para obtenção de perfil genético de familiares, para serem inseridos em um banco de dados nacional. O Banco de Perfis Genéticos do Estado do Amazonas contém perfis de restos mortais não identificados, os quais são confrontados com os familiares, tanto a nível estadual quanto nacional.

O perito Delson Tavares reforçou a importância dos familiares que estão com o ente desaparecido em participar da campanha. “Atualmente, o estado do Amazonas ocupa a terceira posição no compartilhamento de restos mortais não identificados de todo o Brasil. Porém, precisamos que as famílias que possuam um parente desaparecido, compareçam ao laboratório para que nós possamos identificar esses restos mortais”, pediu o perito.


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Conforme Tavares, apesar da grande quantidade de perfis genéticos de restos mortais não identificados, a proporção de familiares que buscam o laboratório para fazer a coleta do seu material genético é pequena. “A gente reforça que se você possui ou conhece alguém que possua um familiar desaparecido, nos procure diretamente no Laboratório de Genética Forense ou pelo Whatsapp (92) 98416-1122”, orientou Tavares.

Identificação

Foi a partir do cruzamento de perfis genéticos, que peritos do Laboratório de Genética Forense identificaram uma ossada, que deu entrada em março deste ano na instituição, pertencente a Roginerio Lago de Oliveira, 36. O homem havia desaparecido em fevereiro de 2024.

Alívio para a família da dona Ana Lucia Lago, 54, mãe do desaparecido. De acordo com ela, várias tentativas e correntes de buscas foram realizadas para tentar localizar o rapaz. Mas foi a partir de uma orientação dada pela equipe do serviço social do Instituto Médico Legal (IML), que foram encaminhados para coletas de amostras de sangue a serem inseridas no Banco de Perfis Genéticos.

“As pessoas aqui foram muito legais e nós fizemos os exames e deixamos aqui.  Esperamos a ligação e eu disse a mim mesma que só íamos sossegar quando tivéssemos essa resposta, e Deus providenciou. Está aqui a resposta. Nós tivemos resposta”, contou a mãe de Roginerio.

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