A decisão de Vladimir Putin, presidente da Rússia, de reconhecer a independência de duas regiões separatistas de maioria russa dentro da Ucrânia elevou a temperatura da crise internacional que se arrasta desde o final do ano passado. Putin anunciou que mandará tropas a essas regiões, Donetsk e Lugansk, para que “as forças armadas russas assumam as funções de manutenção da paz”. Os Estados Unidos e a ONU veem essa manobra como prenúncio da invasão da Ucrânia.
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Estados Unidos, Reino Unido e Japão já vão anunciar sanções econômicas contra a Rússia ainda nesta terça. Em sessão de emergência do Conselho de Segurança da ONU, países como França, Noruega e Irlanda criticaram abertamente os recentes atos do presidente Putin, enquanto a China, aliada russa, não criticou diretamente o país.
O chanceler francês classificou as atitudes russas como “uma violação do direito internacional, é um ataque à soberania e integridade da Ucrânia, é a Rússia renunciando a seus compromissos internacionais e aos acordos de Minsk que assinou”.
O embaixador brasileiro, Ronaldo da Costa Filho, admitiu as tensões na região e fez um apelo à “manutenção do diálogo em um espírito de abertura, compreensão, flexibilidade e um senso de urgência para encontrar caminhos para uma paz duradoura na Ucrânia”. Semana passada o presidente Jair Bolsonaro esteve na Rússia e se encontrou com Putin, embora não tenham discutido o assunto da Ucrânia. A viagem do presidente brasileiro não foi bem vista pelos Estados Unidos, com o governo de Joe Biden criticando abertamente o Brasil por seu posicionamento. Enquanto isso, a situação na Europa se torna cada vez mais tensa.
Com informações do UOL e G1.