O Arquivo Nacional divulgou novos relatos feitos por pilotos brasileiros aos Centros Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas) a respeito de avistamento de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs). Em 2023, cerca de 30 reportes foram feitos ao órgão, que é vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB).
A maior parte dos avistamentos foram reportados na região Sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Em um dos relatos, protocolado em 7 de fevereiro do ano passado, o piloto de uma aeronave diz ter visto, por volta das 3h, uma luz nas cores vermelho e verde em formato circular do tamanho de uma “uma bola pequena a grande (variando)“. Ele indicou que o objeto voava “dez vezes mais rápido que um avião comercial“. O avistamento ocorreu em Navegantes, no litoral de Santa Catarina.
Já em 20 de abril, um piloto comunicou ter visto um OVNI parado, por volta das 21h30, quando já se aproximava para pouso no aeroporto de Porto Alegre (RS). Segundo informou, o objeto também aumentava e diminuía e apresentava cor branca/alaranjada.
Outro profissional da aviação, que fazia um voo em direção a Santa Catarina, relatou que, por volta das 2h do dia 21 de janeiro, quando sobrevoava a cidade paulista de Ilha Comprida, visualizou de quatro a cinco objetos com luzes brancas intermitentes e a longa distância. A velocidade, segundo ele, era “muito rápida”: “No mínimo 8 mach [oito vezes a velocidade do som]“. Os objetos, conforme reportado, faziam movimentos circulares “por vezes formando um círculo, aproximando e distanciando um do outro“.
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Dentre os registros apontados na região Norte do país, destaca-se o relato de um piloto que sobrevoava a cidade de Belém (PA) por volta das 6h40 do dia 23 de agosto: Ele disse que viu dois objetos estranhos em formato de uma estrela. Ao fazer o registro, disse que tentou filmar a situação, mas que o objeto não apareceu nos vídeos ou nas fotos.
As companhias aéreas Latam e Azul falaram sobre a questão à CNN Brasil, já que os pilotos de linhas aéreas que fizeram reportes ao Cindacta são dessas companhias. A Azul disse que seus tripulantes “seguem os mais rigorosos protocolos de segurança” e que “qualquer eventualidade é comunicada imediatamente ao controle de tráfego aéreo e segue para investigação das autoridades competentes”.
Já a Latam, em nota, informou que “seus tripulantes são treinados e orientados a reportarem qualquer eventualidade de forma imediata ao controle de tráfego aéreo para as devidas orientações”. A companhia disse também que “segue os mais elevados padrões de segurança, atendendo aos regulamentos das autoridades nacionais e internacionais”.
E a FAB afirmou em nota que o Comando da Aeronáutica não realiza estudos e análises acerca do tema OVNIs, apenas cataloga as informações. A FAB também informa que “todos os documentos, vídeos, fotografias, relatos, entre outros, disponíveis, no âmbito do Comando da Aeronáutica, sobre fenômenos aéreos não identificados, no período de 1952 a 2023, já foram transferidos para o Arquivo Nacional, onde são de domínio público”.
Segundo os registros do Arquivo Nacional, o primeiro registro oficial de avistamento de OVNI no Brasil é de 1952 e foi registrado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A busca ao sistema virtual do Arquivo Nacional revela que quase 1.000 registros relacionados a OVNIs já foram feitos no Brasil. Isso não quer dizer que todos os casos sejam referentes a extraterrestres, podendo se tratar de drone, estrela, satélite, balão meteorológico ou fenômeno natural.
Com informações de CNN Brasil.