O Instituto Médico Legal de São Paulo concluiu em um laudo apresentado nesta segunda-feira (12/08) que as vítimas do voo 2283 da VoePass, que caiu em Vinhedo–SP na sexta-feira (9), morreram de forma instantânea por politraumatismo.
Conforme o laudo, as vítimas morreram no momento em que a aeronave tocou no solo, antes mesmo da explosão que carbonizou os corpos. Ao todo, 62 pessoas morreram no acidente aéreo.
“Todas as vítimas tiveram politraumatismo e morreram de forma instantânea. As vítimas que tiveram algum nível de queimadura foram pós-morte”, disse Vladimir dos Reis, diretor do Instituto Médico Legal.
A confirmação veio após o exame necroscópico determinar a causa da morte e descartar que as vítimas teriam morrido durante a queda por parada cardíaca ou outra razão. O avião despencou mais de 4 mil metros em apenas um minuto até atingir o solo.
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Durante uma coletiva de imprensa foi informado que, até o exato momento, 27 corpos já foram identificados; destes, 12 foram liberados para as famílias.
As autoridades informaram que a unidade central do IML está inteiramente voltada para atender às vítimas do acidente do voo 2283 da Voepass. As causas que levaram ao acidente continuam sendo investigadas.
No Instituto Oscar Freire, espaço localizado próximo ao IML, foram atendidas 51 famílias de vítimas. Nesses atendimentos, os familiares fornecem informações que ajudam o trabalho dos peritos, além de fornecer material biológico. Já foram coletados DNA de 28 famílias em São Paulo e de outras 17 em Cascavel (PR). As equipes da Defesa Civil do estado auxiliam no atendimento.