Investigação da Polícia Civil de Sorocaba (SP) sobre o assassinato da vendedora Ana Carolina Pascuin Nicoletti, de 24 anos, revelou que o ex-padrasto da jovem e principal suspeito do crime, o advogado Eduardo de Freitas, usava um aplicativo espião para seguir Ana Carolina e monitorar suas redes sociais. Apps do tipo Spywares e Stalkerwares funcionam em segundo plano no aparelho, podem passar sem ser detectados pelo usuário do celular e transmitem remotamente os dados armazenados.
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Ana Carolina foi morta em seu apartamento no dia 13 de novembro do ano passado, com um tiro na cabeça. A casa não tinha sinal de arrombamento e a porta foi encontrada destrancada pela polícia. Eduardo de Freitas chegou a ser preso temporariamente por 60 dias pelo assassinato, mas como a Justiça não decretou a prisão preventiva, ele foi solto e se encontra em liberdade, mesmo sendo réu por homicídio qualificado.
Segundo Eliane Pascuin, mãe da vítima, o advogado demonstrava obsessão pela ex-enteada e já tinha invadido a casa da família na cidade de Pilar do Sul. Ela manteve um relacionamento de 15 anos com Eduardo e há cerca de quatro anos descobriu evidências de que ele abusou sexualmente de Ana Carolina entre os 14 e 18 anos de idade dela.
Segundo especialista ouvido pelo G1, alguns sinais podem indicar a presença de app espião em aparelho celular. “O aumento do consumo de energia e a ativação de recursos que o usuário não tenha feito (como GPS, por exemplo). A principal dica é ter uma solução de segurança capaz de bloquear qualquer ameaça”.
Via G1.