O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou hoje que as provas do inquérito sobre vazamento de dados sigilosos feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sejam compartilhadas com outra investigação, sobre a atuação de milícia digital contra a democracia e as instituições.
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Moraes considerou pertinente pedido da Polícia Federal e da delegada Denisse Pinheiro, por considerar semelhantes os modelos de atuação dos grupos investigados em ambos os inquéritos. Relatório da PF divulgado semana passada já concluiu que o presidente Bolsonaro cometeu crime ao divulgar o inquérito sigiloso sobre ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que não afetou a segurança do processo eleitoral de 2018. Há duas semanas, o presidente deveria ter deposto na PF sobre esse vazamento, mas não compareceu.
Com a medida, Moraes autoriza que os dados dessa investigação sejam compartilhados com a equipe que investiga a atuação de uma milícia digital que tenta desestabilizar a democracia e as instituições brasileiras.
Segundo a PF, o entorno do presidente pode usar o mesmo modo de agir da milícia digital para divulgar notícias falsas. Os dados também serão compartilhados com o inquérito sobre a fala do presidente sobre vacina contra Covid provocar Aids, baseada em fake news e que teria contado com a participação do ajudante de ordem da presidência Mauro Cid e da assessora de gabinete Maria Farani Rodrigues na sua apuração e difusão.
Via G1.
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