A 2ª Delegacia de Polícia Judiciária, ligada à Corregedoria Geral da Corporação da Polícia Militar, está coordenando uma investigação interna sobre as supostas ameaças feitas por dois policiais a familiares do congolês Moïse Mugenyi.
Segundo os parentes do rapaz, as intimidações ocorreram em três ocasrreramiões. A primeira vez foi na própria noite das agressões, em 24 de janeiro, quando Moïse foi espancado até a morte no quiosque Tropicália, na zona Oeste do Rio de Janeiro.
Dois agentes teriam sido filmados no local depois que o Samu chegou —os trechos do vídeo das agressões que foram divulgados à imprensa pela Polícia Civil, no entanto, não mostram esse momento.
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A segunda vez que os policiais apareceram, segundo os familiares, foi no dia seguinte à morte, uma terça-feira, quando parentes e amigos de Moïse foram até a Barra da Tijuca tentar entender o que havia acontecido.
Eles contam que estavam fazendo perguntas ao dono e ao funcionário do quiosque Tropicália e, depois, a uma mulher de outro quiosque quando os agentes surgiram. Ainda segundo o relato, os agentes pediram documentos aos integrantes do grupo e fizeram perguntas sobre o que havia acontecido.
A dupla teria voltado a aparecer, de acordo com os familiares, no sábado (29), durante um protesto contra a morte do congolês realizado em frente ao quiosque. Na ocasião, policiais do programa Segurança Presente acompanhando o ato.
Nesse dia, de acordo com os relatos, os agentes voltaram a pedir documentos e a fazer perguntas sobre o que havia acontecido e o que o grupo fazia ali. Questionado pela reportagem se havia se sentido intimidado, um tio respondeu que sim.
Via Folha de S. Paulo