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DJ da cena polêmica da “Santa Ceia” na abertura das Olimpíadas sofre ameaças de morte

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A DJ francesa Barbara Butch, que protagonizou uma cena queer supostamente inspirada na Santa Ceia na abertura das Olimpíadas de Paris, apresentou nesta terça (30/7) uma queixa por assédio cibernético agravado, ameaças de morte e insultos públicos. A informação foi divulgada por fonte próxima à investigação do caso.

O momento na cerimônia da abertura foi criticado por vários políticos, principalmente de extrema-direita, na França e na Itália, e também pelo candidato republicano nas eleições dos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump.

A cena, intitulada “Festivity”, começou com uma imagem de um grupo à mesa, incluindo várias drag queens famosas [Nicky Doll, Paloma e Piche, reconhecível por sua barba loira]. Vários espectadores interpretaram o momento como uma zombaria da última refeição de Jesus com seus apóstolos, a Última Ceia. Barbara Butch apareceu no centro da mesa e comandou as festividades. Ela é uma ativista feminista, antigordofobia e lésbica.

Barbara Butch, com enfeite dourado na cabeça, em cena da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris (Foto: Reprodução).

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Na segunda (29), Barbara reclamou no Instagram  que, desde sua apresentação, ela havia sido “alvo de mais um assédio cibernético – particularmente violento”. Já nesta terça, a advogada dela, Audrey Mselatti, divulgou um comunicado – que foi compartilhado pela DJ em seu Instagram – que diz:

“‘Ameaçada de morte, tortura e estupro’ e alvo de ‘inúmeros insultos antissemitas, homofóbicos, sexistas e gordofóbicos’, ela decidiu registrar uma queixa”.

À agência AFP, Mselatti declarou:

Aqueles que atacam Barbara Butch o fazem porque não suportam o fato de ela poder representar a França, por ser mulher, lésbica, gorda, judia… O problema é sua intolerância e seu obscurantismo. Ao atacá-la, eles estão atacando os valores, os direitos e as liberdades da França, que ela representa por sua existência na arena pública e, em particular, pelo fato de que ela se apresenta para o seu país em uma vitrine mundial”.

O COI (Comitê Olímpico Internacional) “condenou veementemente” o assédio cibernético sofrido pela “equipe artística” da cerimônia de abertura, nesta terça.

Já o diretor artístico da cerimônia de abertura, Thomas Jolly, negou que tenha se inspirado na Última Ceia. Após a polêmica, Jolly disse que era “mais uma questão de criar uma grande celebração pagã ligada aos deuses do Olimpo”.

*Com informações do UOL e G1.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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