O presidente venezuelano Nicolás Maduro utilizou seu discurso no Palácio Miraflores para criticar os protestos que ocorreram em várias regiões do país na última segunda-feira (29/07), após a realização das eleições presidenciais. A fala de Maduro, que também incluiu uma menção ao encontro com o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, reforçou o posicionamento do líder venezuelano contra o que chamou de “interferência externa”.
Durante o pronunciamento, Maduro fez uma referência direta a Amorim, observador do processo eleitoral e ex-chanceler brasileiro, dizendo:
“Hoje eu dizia isso a Celso Amorim, meu amigo, chanceler do Brasil, assessor do presidente Lula. Todo o sindicato, assim chamado, da extrema direita mundial, do fascismo, vê a Venezuela como a joia da coroa, para colocar as mãos nela.
Maduro também criticou os protestos violentos que ocorrem no país:
“Fundamentalmente, existem varias oposições: um grupo de opositores que quer uma alternativa democrática, pacífica, respeito pela constituição e pelas instituições. Mas este grupo [se referindo aos que protestam nas ruas], e um grupo extremista, facista, radical de direita.”
“Não estamos diante de uma oposição democrática. Estamos diante de uma contra-revolução violenta e criminosa”, completou.
Nicolás Maduro chama Celso Amorim de ‘amigo’ após encontro em Caracas.
“Hoje cedo eu estava dizendo isso para Celso Amorim, meu amigo, ex-chanceler do Brasil e assessor do presidente Lula”, disse Maduro em transmissão ao vivo no final da noite desta segunda-feira (29).
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— Metrópoles (@Metropoles) July 30, 2024
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Manifestações em Caracas e outras cidades
A jornada eleitoral foi seguida por uma onda de manifestações espontâneas em Caracas e outras cidades do interior do país. Os protestos foram marcados por críticas à reeleição de Maduro, que tem sido amplamente questionada tanto internamente quanto por observadores internacionais. Os manifestantes exigiram maior transparência e justiça no processo eleitoral, acusando o governo de fraudes e irregularidades.
Com informações de Metrópoles e Zero Hora