O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou nota nesta segunda (29/7) a respeito da situação das eleições presidenciais na Venezuela: No texto, o Brasil “saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela”, e diz que “acompanha com atenção o processo de apuração” das eleições.
Ao mesmo tempo, a nota faz uma ressalva: O Brasil vai aguardar a publicação dos “dados desagregados” pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela – “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
Leia a nota na íntegra, abaixo:
O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração.
Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados.
Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito.
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O resultado
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela diz que o atual presidente e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, venceu a eleição com 51,2% dos votos. A oposição afirma que a principal candidatura contra Maduro, de Edmundo González, venceu com 70%.
Após a divulgação da reeleição de Maduro, o site do CNE saiu do ar e até o momento de postagem desta matéria, ainda continua inacessível.
Maduro já fez um discurso, elogiando o sistema eleitoral do país e no qual disse que as eleições foram auditadas.
No entanto, diversos países estão contestando o resultado. Mais cedo, Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, falou em ser “cauteloso” ao reconhecer o resultado da eleição. Ao blog da Andreia Sadi, no G1, Amorim disse que “o fato principal que nos leva a ser cauteloso é que não deram o resultado público mesa por mesa, porque o governo deu até agora é um número, mas tem que mostrar como chegou nesse número: ata por ata”.
Com informações de G1 e Metrópoles.