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Olimpíadas 2024: trio do atletismo poderá disputar após falha no doping

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Três atletas, Hygor Gabriel, Lívia Avancini e Max Batista, garantiram a participação nos Jogos após uma vitória na Corte Arbitral do Esporte (CAS), em julgamento realizado nesta sexta-feira (26/7) em Paris.

Os três, que praticam atletismo, haviam alcançado os índices necessários, mas inicialmente não foram convocados devido aos novos critérios de testes antidoping da World Athletics.

Segundo o regulamento, eles deveriam ter sido submetidos a três avaliações surpresa num período de dez meses antes do evento – entre 4 de setembro de 2023 e 4 de julho de 2024.

Lívia Avancini compete no arremesso de peso, Hygor Bezerra no revezamento 4×100 metros, e Max Batista na marcha atlética. As provas de atletismo em Paris 2024 começam na segunda semana do torneio.

“O requerimento protocolado por Lívia Avancini, Max Batista e Hygor Bezerra em 24 de julho de 2024 foi sustentado. As decisões proferidas pelo Conselho da Unidade de Integridade do Atletismo em 23 de julho de 2024, relativas à cada requerente individual, estão anuladas. Os requerentes têm direito a participar dos Jogos Olímpicos de Paris-2024”, anunciou a divisão AD HOC da CAS, em Paris.

A audiência durou quase cinco horas, no início desta sexta-feira (26).


Nos últimos meses, a CBAt definiu critérios técnicos para a realização dos testes antidoping. Todos os atletas que já possuíam índice olímpico ou que estavam no ranking “Road to Paris” foram submetidos à testagem, exceto Hygor, Lívia e Max.

Em nota divulgada no dia 10 de julho, a Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) informou que testou 102 atletas, identificados pela CBAt como uma lista prioritária. Max e Lívia estavam incluídos nesta lista, porém a World Athletics recusou os testes da dupla.

“Os atletas Max e Lívia entraram na lista prioritária para testes, por indicação da CBAt e passaram por dois testes de urina e um de sangue, fora de competição, além de um teste de urina em competição nos últimos 10 meses. Contudo, a WA questiona o intervalo entre os testes, afirmando o descumprimento da regra por eles estabelecida”, informou a entidade, que é responsável pela realização dos testes no País.

Além disso, a ABCD fez questão de garantir que acompanha o julgamento e a atualização dos casos dos atletas junto à CAS. “A exclusão dos atletas Lívia, Max e Hygor dos Jogos de Paris não decorre de uma falha de procedimento da ABCD ou da CBAt. A ABCD tem como principal atribuição garantir a todo atleta o direito de competir de forma justa e limpa e assim seguirá atuando.”

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