Um ataque aéreo do governo israelense no sul da Faixa de Gaza neste sábado (13/07) matou pelo menos 71 palestinos, segundo as autoridades locais. A investida militar em Al-Mawasi, um campo a oeste da cidade de Khan Younis, tinha como alvo o principal oficial militar do Hamas, Mohammed Deif, líder das Brigadas Qassam do Hamas.
O exército de Israel afirmou que estava verificando se Deif havia sido morto no ataque. Deif foi alvo ao lado do chefe da brigada Khan Younis, Rafe Salama.
O Ministério da Saúde de Gaza, comandado pelo Hamas, relatou pelo menos 71 pessoas mortas na mesma área de Al-Mawasi em ataques israelenses, com quase 300 pessoas feridas. Os ataques atingiram uma área onde os deslocados estavam abrigados, segundo o ministério.
Vídeos do local mostram moradores e equipes de resgate tentando desenterrar várias pessoas ainda presas.
Al-Mawasi foi designada por Israel como uma zona segura para os palestinos que fogem dos combates em Gaza. Os hospitais Kuwait e Nasser estão, agora, enfrentando dificuldades para lidar com o elevado número de civis mortos e feridos, disse o ministério.
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O Hamas negou as alegações israelenses de que Deif e Salama seriam os alvos, chamando as mortes de “massacre horrível”.
“As alegações da ocupação de que o alvo eram os líderes são falsas, e esta não é a primeira vez que a ocupação afirma ter como alvo os líderes palestinos apenas para que as suas mentiras sejam expostas mais tarde”, disse um comunicado do grupo.
Poucas informações sobre Mohammed Deif são conhecidas. O líder, que teria nascido na década de 1960, é um fabricante de bombas que esteve por trás de uma onda de quatro ataques suicidas em 1996 que mataram 65 pessoas em Jerusalém e Tel Aviv, além de outros atentados destinados a inviabilizar o processo de paz.
O seu nome completo é Mohammed Diab Ibrahim al-Masri, mas ele ficou conhecido como El Deif (o Convidado), porque, durante décadas, ficou em casas diferentes todas as noites para evitar ser rastreado e morto por Israel.
*Com informações da CNN Brasil